ღಌ Fairy Tale ღಌ

Toda, ou quase toda, a história. Cheia de todas as maravilhas, todas as aventuras, todos os medos, todas as lágrimas, todos os sorrisos, todas as esperanças, todas as angustias, todas as brigas, toda a cumplicidade, toda a verdade, todas as mentiras, toda a sinceridade e acima de todo o amor que lutou para estar onde chegou.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Coincidences

- Did it all right?

- Yeah, it’s over now

- It’s late. I should go

- Wait

- Whatever you’re gonna say. It’s in the past.

- It is and it isn’t, Fi. Sam and I worked because she was liking me. She didn’t mind if my job was lie to people. She loved it. She did the same thing. Date her was easy. And then I meet you. It was diferent. Was never easy. You knew a part of me she never did. And I left her because you don’t married someone when you love somebody else.


Burn Notice - Season2 Epi. 15

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Motivos

Há muito tempo atrás, decidi que não queria encarar a tal estrada-da-vida. Nunca gostei muito da idéia de rotina, sentimentos fáceis, problemas superáveis, e da falta de risco que o termo 'estrada' me remetia. Estranho, eu sei. Enfim, sempre achei melhor ter 0,01% de felicidade sincera em uma vida, a ter uma vida de seguranças e comodismos sem que se aprenda o que é esse sentimento tão raro. Não gosto de ver a agua parada, entende. Em todos os lados via as pessoas procurando ter uma vida "certa", enquanto eu parecia fugir dela. Na verdade eu fugi dessa estrada, e tentando me esconder acabei caindo em uma pequena trilha, escondida atrás de coisas que eu ignorava e não me importava. Uma trilha que causava calafrios e borboletas no estômago, que me fazia tremer e respirar com mais força. Uma trilha que parecia me fazer melhor e pior em todos os sentidos, e que mesmo com medo e pensando em voltar atrás, eu não conseguia fazer outra coisa que não fosse seguir em frente. Quanto mais eu andava por essa trilha inquietante, mais me distanciava de qualquer estrada pré moldada para pessoas 'x'. Com o tempo, o que era antes uma trilha quase que imperceptível, foi se mostrando algo imenso e cada vez mais indecifravel. Todo passo era também um tropeço. Nenhuma única parte era plana, e sim cheia de altos, baixos, pedras e buracos. Passava por florestas densas e atravessava abismos tão profundos que deixavam a duvida se realmente tinham um fim. Mesmo assim eu me encantava e iludia cada vez mais com ela. Sentia vontade de me perder e achar naquele caminho quantas vezes eu pudesse. Quando eu caia, essa trilha se modificava e me levantava, se eu me machucasse, ela me levava até algo que me curasse. Eu fiz dela o meu achado preferido. Aprendi a dar um passo de cada vez sem quedas ou ferimentos. Encontrei nela os sentimentos tão verdadeiros que eu procurava, e fiz de cada um deles único. Essa trilha era exatamente o que eu queria por nunca ser o que eu esperava, e muitas vezes o que eu precisava. E mesmo quando ela era escura e fria, e eu me deparava com alguma bifurcação com algum outro caminho mais claro e receptivo, contudo eu via nessa minha trilha todos os motivos que eu precisava para nunca sair dela. Pouco tempo atrás esta trilha deixou de ser aquela que eu percorria de olhos fechados, que me aconchegava e me deixava segura. Ela deixou de me dar espaço, como se já não me quisesse mais. Se estreitou tanto que eu segui por outro caminho em uma das bifurcações que encontrei. Esse caminho era totalmente diferente, era calmo como eu disse que não queria e me dava uma estabilidade que eu desconhecia, mas eu até gostava. Era sempre agradável, sempre certo, sempre bom. Era o caminho que eu havia decidido que nunca escolheria, e no final se tornou meu. Eu sentia falta da minha trilha, mas me acomodei nesse novo caminho, devido ao vazio da certeza de nunca mais encontrar-la me trazia e as novas sensações que ele me dava. Quando eu resolvi não mais procurá-la, aquela trilha tão instável resolveu cruzar esse meu novo caminho. Ela se mostrou a mesma confusão de sempre, porem dessa vez no meio do caminhos, entre tantos empecilhos, esta trilha havia se feito plana e bonita. Essa trilha me encantou mais uma vez, se mostrou modável de acordo com as minhas necessidades e me levou para longe do meu novo caminho agradável, e de qualquer um outro que quisesse me servir de opção para continuar seguindo em frente. Ultimamente por mais que eu tente me manter nessa trilha, tenho caído tantas vezes que as vezes acho que nunca vou conseguir me levantar novamente, todos os motivos que eu tinha antes parecem não ser mais o suficiente para continuar ela. As vezes é como se sumisse embaixo dos meus pés. Ultimamente isso tem me deixado tão confusa que é quase como se imobilizasse. Essa minha mania de não saber ficar parada está me sufocando, e a ânsia por 'algo' parece que me mata aos poucos. Eu queria fortalecer os motivos que me mantiveram nessa trilha por tanto tempo, mas infelizmente não sei mais como fazer isso. Eu realmente gostaria de ter ajuda. Será que essa trilha me ajudaria mais uma vez a ter esses motivos que são tão importantes para mim?!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Filhos... :S

Nos últimos dias eu tenho acompanhado algumas mudanças na vida de um amigo. E que mudanças! Ele vai ser papai. [ \o/ \o/ ] To muito contente por você Fe, porque eu sei que você desde já tá, está adorando tudo e se mostrando exemplar. Parabéns! Pode contar sempre comigo. Eu cuido de vez em quando se precisar, desde que eu tenha ajuda para trocar as fraldas.
Eu sempre quis ter um filho. Uma vida para cuida e dar a minha própria vida em troca. Fazer tudo que estiver, ou não, ao meu alcance sem esperar receber nada, talvez um sorriso ou um olhar, daqueles sinceros que só uma mãe reconhece ou até mesmo ingratidão [nesse caso eu fico com nada mesmo]. Enfim, sempre foi meu sonho, uma vontade, algo que eu desejo que se torne realidade independente dos outros fatores envolvidos, como um parceiro, o apoio da família, algum dinheiro, estabilidade. Essas coisas que são muito importantes também, só que eu não me importo com isso, ou melhor, eu prefiro fingir que eu não preciso me importar. Quando chegar a hora, essas coisas serão detalhes, que eu provavelmente vou esquecer que existem na maioria das vezes.
Eu sempre quis uma menina. Não sei explicar bem, mas acho que isso por causa da minha mãe. Pela forma como ela e meu pai me criaram, como os dois se mostraram tão diferentes enquanto me educavam e ensinavam sobre a vida e seus valores. Acho que eu quero uma menina por me sentir culpada. É que eu nunca fui a garotinha meiga que minha mãe imaginava que eu seria, sempre fui mais desajeitada, 'revolucionária', e quando a coisa ficava feia eu me escondia atrás do meu pai que sempre me deixava ser esse tudo ao contrário que eu gostava. Eu quero uma menina, a minha menina para que ela seja tudo o que ela quiser e muito mais, assim como eu pude ser.
Sempre que eu me imagino como mãe, penso em todos os sentimentos desde o primeiro momento. Desde o primeiro teste que vai comprovar, e em como eu vou ficar depois. O choque de algo que já era, e/ou não, esperado, mas que eu não vou acreditar que vai estar realmente acontecendo. O nervoso misturado com o medo, sem saber por onde começar, para quem contar, como contar, o que fazer. O estresse em fazer tudo certo, perfeito. Em deixar tudo preparado e pensar sempre dois, e três etapas a frente. São todos estes sintomas da felicidade, eu sei. Dá um frio na barriga e nasce um sorriso no rosto só de imaginar que um dia eu vou passar por isso. Sempre penso em todos os detalhes de como meu bebê vai nascer, no cabelo, os olhos, o nariz a boquinha, orelhinhas, dedinhos, tudo tudo vai começar tão frágil e pequenininho. Idealizo até mesmo situações, me imagino tendo 'conversas', brigando, correndo, rindo, chorando, sentindo tudo, fazendo tudo acompanhando tudo.
Bom, só espero que seja tudo maravilhoso como eu imagino, e que acima de tudo seja. Em relação ao meu caro amigo Felipe. Man, muita calma e paciência, é só o que eu digo. Boa Sorte! Felicidades!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Feriado Prolongado

Abri esta página esperando escrever o melhor texto, um que explicasse como o feriado [que eu consegui prolongar] foi tão cheio de decepções e mágoas, um que descrevesse com as palavras certas o como tudo parecia sem conserto e mesmo os poucos momentos de prazer não pareciam resolver em nada a situação. 'Palavra certa', este é um dos meus piores defeitos, não consigo me expressar bem em muitos momentos, e muitas vezes faço pior ainda nos mais necessários. Sempre que meus sentimentos estão envolvidos eu me confundo, não consigo separar as coisas e fica difícil para qualquer um entender a mensagem que estou tentando passar. Fico imaginando que se até eu mesma preciso de um tempo para me ouvir novamente e conseguir discernir o que eu fiz, quem dirá qualquer outra pobre alma que está tão longe de enxergar meus pensamentos nublados e saber minhas reais intenções. Ver o como eu acabo estragando cada vez mais as coisas só me deixa mais aflita, mais encurralada e mais desorientada. Me machuco e machuco a quem está tentando conviver comigo. Há muito tempo eu assumi para mim mesma, que quem quisesse que me conhecesser que descobrisse por si só a melhor forma de lidar comigo, mas este é um erro que eu não espero cometer novamente. Assim como para aprender sobre alguém eu me empenho em descobrir e perguntar tudo o que posso, tenho que aprender a fornecer as mesmas informações para quem tem tentando a tanto tempo me entender e fazer o melhor por e para mim.
Eu tive medo, me desesperei, sofri e chorei como nunca pensei em fazer, escutei coisas que jamais deveriam ser ditas, presencie e atuei em uma cena que nunca deveria ter existido e hoje eu realmente estou me sentindo bem. Por mais que tenha doido ontem. Hoje eu estou tranquila, eu juro. Eu sinto como se o que eu aprendi tivesse sido tanto e tão importante que seria impossível essa lição-de-vida passar despercebida, ou eu sequer fingir que nada aprendi dela. Esse fim de semana não foi apenas mais um passo pra frente com o qual eu estou acostumada. Aqueles já com um certo grau de dificuldade e um tanto quanto lentos. Dessa vez foi mais um empurrão. Foi como se eu tivesse sido atirada de um penhasco e minha única alternativa era aprender a voar ou aceitar um trágico fim. Enfim, eu criei asas, sobrevivi, e um dos meus detalhes preferidos em tudo isso é que você fez parte de tudo, do pior ao melhor momento. E o como eu sinto, o como eu sei, que você assim como eu, você também criou as suas próprias asas, porque eu vi você ser jogado comigo e vi também o como nós somos tão bons em crescer juntos.
Ela - Eu enfrentaria o mundo com uma mão, se você segurasse a outra!
Ele - Eu seguro (L)
Eu te amo!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Aquela Caixinha

Sabe aquelas preciosidades SÓ NOSSAS, que guardamos dentro de uma caixinha com a intenção de esquecer, mas jamais perder. Coisas que deixam um sentimento dolorido e que não cabe dentro do peito. Que simplesmente não cabem mais na nossa vida, rotina, costumes, gostos, pensamentos, contudo insistem em se prender ao nosso coração de uma maneira tão intensa, que se torna parte permanente dele, e quando optamos pela separação, uma simples tentativa já o deixa em pedaços de tanto que machuca.
São coisas que não sabemos [ou talvez saibamos um pouquinho sim] explicar o porque de serem tão únicas. Essas coisas especiais dentro dessa caixinha bonita, ou de alguma que pegamos ao acaso, que nos esforçamos para esconder de nós mesmo e esquecer enquanto quanto pudermos ou o quanto precisarmos, são coisas que marcam nossa vida, nosso passado.
Costumamos arrumar um lugar especial para guardar essa caixinha. Um lugar que nem nós mesmo lembramos onde é. Um lugar que anos mais tarde vamos mexer, e encontrar essa caixinha especial com todas essas coisas tão cheias de lembranças, que ainda vão ser tão reais e recentes quanto o vento que sentimos arrepiar a pele hoje de manhã.
Para algumas pessoas é muito fácil selecionar o que vai ou não ser eternizado. Mas para mim não é, nunca foi e provavelmente nunca será. Eu sempre guardei muito lixo, como exemplo: aquele curativo que você fez no meu dedo quando eu me cortei com o copo quebrado que estava no quarto, a corrente em formato de dragão que quebrou durante uma discussão, o bilhete que você escreveu coisas bonitas e achou que eu deveria ficar com ele, as cartas ilegíveis escritas em tantos momentos, a sua foto na varanda que você sorria, aquele 3x4 que eu não faço ideia de como você sempre sai bem, a chave da sua antiga casa que eu achei que tivesse perdido, etc.
Enfim, são todas coisas que eu não tenho mais porque manter comigo, mas eu gosto. Eu gosto da sensação que eu tenho toda vez que abro aquela caixinha em formato de coração e vejo todas essas bobeiras que não tem a menor utilidade. Eu sinto vontade de reviver cada momento que me vem a cabeça. De passar por tudo novamente, mas com outras atitudes, outras respostas. Sinto vontade de cuidar melhor das feridas para que elas deixem de ser as cicatrizes feias que são hoje e de fazer mais para deixar os sorrisos que se perderam sempre antes das lágrimas que teimam em voltar.
Eu tenho essa caixinha, ela é especial para mim hoje, não sei amanhã, não sei depois. Hoje eu sei onde ela está, mas as vezes eu sinto vontade de esquecer, e fico me perguntando como eu reagiria caso a encontrasse daqui 20 anos, se eu me lembraria de tudo como eu me lembro hoje, se continuaria com os mesmos pensamentos, vontades, sonhos, se eu continuaria a guardando, ou me livraria dela e de tudo que ela significa. Eu não sei.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

É muito bom ter alguém para amar. Alguém que cuide e ampare, que te ajude a escolher os melhores caminhos, que te ouça, saiba quando falar e quando se calar, que tenha paciência e se envolva como você, que esteja disposto e a sua disposição, que tenha os melhores carinhos, os melhores beijos e o melhor abraço e que acima de tudo compartilhe do mesmo sentimento que o seu, com sinceridade e vontade.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A Gente!

Sabe todas as histórias/confissões tristes, toda a magoa, todas as lágrimas tão carregadas de dor, as palavras tão cheias de amargura, os cacos recolhidos do mesmo coração despedaçado tantas vezes, pois é, não existem mais. Eu consegui. Alcancei o objetivo almejado por tantos, sou feliz! Já não me preocupo mais com o tempo, pois agora nós temos toda uma vida pela frente, um ao lado do outro, para todos os nossos planos. Não me preocupo mais com discórdias, nossa sinceridade e confiança irão superar a elas e a qualquer outra coisa, simplesmente não queremos por perto o que não nos faz bem. Não me preocupo mais em preocupar, assim como eu quero ele, ele me quer sempre bem, paciente, segura, com objetivos claros e atingido-os, sempre feliz e sempre dele, e eu sou. Não estou dizendo que apenas esqueci tudo o que aconteceu, afinal, nem devo. Foi meu passado que fez de mim o que sou hoje, mas assim como o próprio nome indica, passou. Meu presente é lindo e do jeito que eu imaginava [pelo menos a maior parte], e meu futuro guarda só os melhores momentos, que eu mal posso esperar para que cheguem [principalmente os finais de semana]. Eu o amo, ele me ama. Eu estou ao lado dele e ele ao meu. Eu sempre espero o melhor dele e ele de mim. Nós escolhemos ficar juntos, independente de possiveis dificudades, brigas casuais, ciumes, ou saudade, afinal todos tem seus problemas. Mas por sorte são nossas escolhas que nos definem, e [como ele diria] só por hoje, nós escolhemos escolher a nossa felicidade juntos.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Nunca Amamos Alguém

Nunca amamos alguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É um conceito nosso – em suma, é a nós mesmos – que amamos.
Isto é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa. O onanista é abjecto, mas, em exacta verdade, o onanista é a perfeita expressão lógica do amoroso. É o único que não disfarça nem se engana.
As relações entre uma alma e outra, através de coisas tão incertas e divergentes como as palavras comuns e os gestos que se empreendem, são matéria de estranha’ complexidade. No próprio acto em que nos conhecemos, nos desconhecemos. Dizem os dois “amo-te” ou pensam-no e sentem-no por troca, e cada um quer dizer uma ideia diferente, uma vida diferente, até, porventura, uma cor ou um aroma diferente, na soma abstracta de impressões que constitui a actividade da alma.


Fernando Pessoa

quinta-feira, 7 de julho de 2011

28.06.2011




Ontem à noite eu estava muito ansiosa sabe. Não conseguia para de olhar para o celular. Ficava relendo mensagens antigas, ouvindo as mesmas musicas e sempre entrava na agenda procurando por um número que não existe mais. O tempo estava se arrastando, muito preguiçoso por sinal. Parecia que o mundo ia acabar, mas não ia dar meia noite. Eu queria muito que fosse logo 00h. Eu queria muito que fosse logo o outro dia. Eu queria muito estar em outro lugar nesse outro dia. Eu queria muito estar fazendo outra coisa nesse outro dia. Eu queria muito estar com uma pessoa em especial nesse outro dia.

Enquanto o tempo parecia ter congelado eu não resisti em me afundar em todas as nossas antigas lembranças. As boas e as ruins. As boas que sempre foram as melhores de se lembrar, e as ruins que sempre nos fizeram mais fortes. As boas cheias de carinho, emoção, intimidades, confissões, cumplicidade, sorrisos, amor e até lágrimas doces. As ruins feitas de gritos, olhares de desaprovação, deboches, silêncios, mágoas, agressões e pirraças. Todas as lembranças que eu gosto, ou não, de guardar, eu revivi dentro de mim. Tomei as mesmas decisões em algumas e inventei finais alternativos para outras, o importante é que em todos os casos nós estávamos sempre juntos. Enfrentamos nossos medos, tivemos coragem para mudar as situações e com dedicação mantivemos nosso amor.

Ao passo que eu sonhava acordada notei que já era 00h03min. Desculpa. Por um momento eu deixei de prestar atenção no tempo e ele correu mais do que eu pude acompanhar e você teve que esperar 180 segundos para receber os meus ‘Parabéns’. Eu queria muito ter sido a primeira, mas talvez estes poucos instantes tenham sido o suficiente para alguém tomar a minha frente. Mas isso não importa. Ninguém nunca vai desejar seu bem mais do que eu. Ninguém vai fazer mais pelo sorriso, nem ficar do seu lado como eu estou e pretendo permanecer.

Quando deu meia noite e três, eu olhei para aquele porta-retratos que continua com a nossa foto e sussurrei bem baixinho [mesmo estando com vontade de gritar] “Parabéns! Mô, eu te amo!”. Sem querer eu também deixei escorrer uma lagrima no travesseiro, mas eu juro que era uma daquelas doces que eu mencionei e que não existem em nenhum lugar triste. É que eu estou muito feliz sabe, mesmo que eu já não tenha mais idéia de como demonstrar. Acho que eu perdi aquele feeling, aquela coisa que eu tinha que mostrava exatamente o que eu sentia ou queria e a minha insistência. Aquela mania besta de ficar repetindo a mesma coisa até te irritar ou te convencer a fazer algo. Talvez seja só falta de motivação mesmo, acho que eu passei tanto tempo sem isso que agora estou meio enferrujada para fazer exatamente como antes e mostrar o como eu me sinto. Você sente falta disso, eu sei. Você não para de dizer isso pra me lembrar.

A questão é que hoje, esse outro dia que eu estava esperando tanto, é um dia especial pra mim. Ele é seu marco inicial e eu realmente quero que ele seja muito importante para você. Eu quero que você goste dele e se sinta bem. Que você veja nele 29 anos de uma vida que valeu a pena ser vivida em cada detalhe. 10.585 dias de histórias acompanhadas de escolhas e direções que te fazem sentir orgulho de você como você é, assim como eu sinto de você pelo que você representa para mim. 254.040 horas de sentimentos incontáveis e ações e reações inimagináveis que fazem de você exatamente o que eu preciso. O meu número entende.

Você é especial para mim e eu realmente queria ser capaz de encontrar o jeito perfeito de te mostrar isso. Fico frustrada por não conseguir fazer nada mais que escrever algumas palavras tentando te mostrar o quanto eu te amo, e muitas vezes me perder nelas e me mostra mais confusa do que eu realmente estou. Não sou muito boa em manter o pensamento em uma mesma idéia, eu me disperso muito fácil. Mas felizmente sou ótima em continuar te amando, e tenho certeza que você consegue ver isso, mesmo através de tantos problemas que nos temos e criamos. E saber que você sabe como eu me sinto só me faz te querer cada vez mais. E toda vez que eu escuto você dizer que me ama, e vejo o como você me quer só pra você, pra ser única, só faz de mim mais completa como eu sempre quis ser.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

by Fotolog.. ;D

18/10/09

Adoro cuidar de você e de cada detalhe que faz tanta diferença no seu humor. Todos me dizem que eu não deveria te mimar tanto, mas eles não te conhecem como eu, não sabem nosso segredo. Que você sempre foi a “menina”. Mesmo com essa cara de mau, e assustando todos os meus amigos a gente sabe que no final é sempre você quem pede atenção como se ninguém soubesse quem você é. Mas eu sei que você não se preocupa mais com isso. Você já aprendeu e se acostumou comigo velando seu sono e cronometrando suas ações.
Não vou negar que às vezes eu sinto prazer em te deixar nervoso. Eu gosto de ver como você fica com raiva, e depois indignado com o como eu finjo que nada aconteceu e te deixo bem outra vez. Não que eu goste de inventar motivos para brigar, mas eu gosto de saber que o que eu faço interfere na sua vida. Que eu não sou como as outras que faziam tantas coisas, mas você nem ligava, simplesmente fingia que não era com você, ou terminava logo com elas. Você nunca foi muito bom em relacionamentos, sempre se cansou fácil, e nunca se conformou em ter que fazer alguma coisa para que eles dessem certo. Eu sei, eu lembro. Afinal nós éramos tão amigos, cheios de segredos.

[Re]Lembrando




Un'emergenza D'amore

È un'emergenza d'amore
Il mio bisogno di te
Un desiderio così speciale
Che assomiglia a un dolore per me

È un'emergenza d'amore
E no, non si chiede perchè
È un canto libero verso il mare
Questo viverti dentro di me

Sei il vino e il pane
Un'esigenza naturale
Sei un temporale che porta il sole da me
Dolcemente, mi spiazzi il cuore

Ed io ti porterò
Dentro le mie tasche ovunque andrai
Come una moneta, un amuleto
Che tra le mie mani, cullerò

È un'emergenza d'amore
Questo volerti per me
Averti addosso per non fare asciugare
Dalla bocca il sapore di te

Sei il bene e il male
Una battaglia, un carnevale
Sei la passione che non ha tregua per me
Dolcemente, mi spiazzi il cuore

Ed io ti porterò
Dentro le mie tasche ovunque andrai
Come una moneta, un amuleto
Che tra le mie mani, stringerò

Sei la mia prigione
L'evasione dentro me
Oltre la ragione
Solamente io conosco cosa c'è
Quell'amore che ho per te

Lo ti porterò
Dentro le mie tasche ovunque andrai
Come un incantesimo segreto
Per i giorni vuoti che vivrò

Per inseguirti in ogni viaggio che farai
Dentro le mie tasche ovunque andrai
Come una moneta, un amuleto
Che tra le mie mani, stringerò

segunda-feira, 20 de junho de 2011

And After The Storm...



I'll always be there for you
...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Dia dos Namorados

Domingo foi Dia dos Namorados para praticamente todos que eu conheço, mas para mim foi apenas mais um dia. De tarde fui na casa de uma amiga, depois fui para minha avó, depois fiquei na minha madrinha fazendo qualquer besteira na internet enquanto esperava minha mãe me buscar. Quando cheguei em casa, fui assistir e nem demorei muito para dormir.
Uma triste realidade minha é que eu não comemorei o dia dos namorados desse jeito lindo, romântico, cheio de presentes e inesquecível que todos fazem. Eu sempre faço tudo o que eu já faço normalmente, sem nenhuma atenção especial ou qualquer motivo a mais. Acordo-saio-sobrevivo-volto-durmo. A mesma rotina de qualquer outro dia, aliás, muitos outros dias conseguem se sair bem melhores que este, com mais surpresas e mais marcantes.
Para não dizer que eu NUNCA comemorei, teve um dia sim, o único. Foi a cerca de 7 anos atrás, e eu me lembro só da parte mais bonitinha. O começo do dia e o restante apos esse momento que eu vou contar foi comum, acho que eu nem podia esperar nada demais mesmo. Me lembro de todos os outros colegas de classe me atormentando pra ver um presente que eu ainda nem havia ganhado, e de ficar procurando por um namorado que parecia mais preocupado em conversar [fofocar] com o amigo, do que ir embora comigo, caminhando e conversando como nós fazíamos todos os dias. De fato eu só lembro do que foi mais importante pra mim. Ele finalmente segurou minha mão e nós fomos até a casa de um amigo que saíu da escola e foi embora muito rapido. Chegando na casa dele, encontramos esse amigo e uma outra amiga nos esperando segurando a risada e com sorrisos que iam de orelha a orelha. Foi quando eu também já dando risada de nervosa porque não sabia o que estava acontecendo vi que o meu bebê estava segurando um par de alianças. Eles simularam uma pequena cerimonia onde eu me casava com meu Dragãozinho e esses nossos dois amigos eram nossas testemunhas. Foi lindo, eu não lembro se eu chorei [talves sim, uma lágrima], mas eu lembro que eu fiquei sem graça e acho até que briguei com meu namoradinho por causa da vergonha. Mas o que foi marcante mesmo, foram as juras de um amor eterno e uma vida juntos.
Nós nos amávamos de verdade. Nosso amor foi o mais puro que eu conheci, sem duvidas ou qualquer desconfiança. Ele durou mais do que eu jamais pensei que duraria, mas acabou. Acabou não porque nós já não nos amávamos mais, mas porque nosso amor ainda era muito jovem e ainda tínhamos muito a aprender antes de ficarmos juntos. No final eu segui meu rumo e ele o dele.
Esporadicamente ainda o chamo de Dragãozinho, digo que ele me deve uma visita e continuo adorando conversar com ele. O amor puro que eu sentia, eu ainda sinto, mas nós já não somos mais feitos um para o outro como éramos antes, porque nossas realidades mudaram e não vão mais voltar a ser como antes. Mas as marcas que ele me deixou vão viver pra sempre. Eu vou cultiva-las para que permaneçam em mim. Ele foi meu primeiro namorado cheio de um amor sincero, e eu nunca vou esquece-lo.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Na Balada

Era um sábado a noite e ela resolveu ir, afinal, todos os seus amigos estariam lá, e eles disseram que queriam muito que ela fosse também. Tomou cuidado ao se arrumar, como fazia tempo que não saia, não queria ficar feia e nem maquiada demais. Fez o básico, ficou bonita. Como sempre a preguiça tomava conta de todas as suas ações. Saiu de casa tarde, e quando chegou no lugar marcado todos já estavam lá. Foi direto naquele lugar escondido no fundo da pista, ela conhecia os costumes de todos seus amigos, eram sempre as mesmas pessoas e estavam sempre no mesmo lugar. Só uma coisa estava diferente, apenas aquilo parecia estar fora-do-lugar. Dessa vez ele também resolveu ir. Ele tentava conversar com alguns amigos no meio da musica alta e de pessoas 'dançando/empurrando', parecia se divertir, estava sorrindo, nem reparou a chegada dela. Ela tentou fazer o mesmo, pensou em fingir que não o tinha visto, mas desistiu e foi cumprimentá-lo, sem notar, fez isto antes mesmo de falar com qualquer outro amigo. Ele não respondeu. Por mais que ela estivesse logo ali, ao seu lado, ele parecia muito mais envolvido nas gargalhadas e palavras soltas no meio da bagunça. Quando ela se afastou ele colocou a mão no ombro dela e perguntou o que ela queria: "Queria dizer oi" "Oi então". Ele virou as costas e voltou a fazer o que parecia o agradar tanto. Ela virou as costas e foi ver seus amigos, estava com saudade de cada um deles, até dos mais distantes. Ela adorava aquele lugar, as luzes, o som, as pessoas, tudo parecia cada vez mais interessante conforme ela bebia mais e mais. O tempo passou, ela e ele não se falaram mais, cada um ficou do seu lado, conversavam alguma coisa enquanto estavam reunidos com os outros amigos em comum e depois se afastavam de novo. Até que uma hora todos pareciam ter sumido, cada um simplesmente estava em algum lugar que ela considerava impossível de localizar, e ele fazia parte dos desaparecidos [o que será que ele estava fazendo]. Resolveu então esperar, no mesmo canto que ela gostava, que todos gostavam, que todos sempre se encontravam. Ela encostou na parede ouvindo sua musica preferida, quando abriu os olhos e reparou que ele estava lá também, sozinho, olhando e caminhando na direção dela. Ela sentiu uma leve falta de ar, mas sorriu. Ele e ela não disseram nada, apenas dançaram, um com o outro, mas distantes. Ela perguntou alguma coisa qualquer, ele sorriu e respondeu, brincaram sobre alguma coisa qualquer e se afastaram novamente. Pareciam ter medo de ficar muito próximos. Foi quando aquelequalquer tentou se aproximar dela. Ela sentiu falta de como ele protegia e cuidava dela antes. Ela esperou que ele fizesse qualquer coisa, mas ele não fez nada, não disse nada, apenas olhou e virou de costas. Ela se afastou daquelequalquer por conta própria, aquelequalquer insistiu, foi quando ela reparou que ele se aproximou dela, de costas mesmo, ficou bem na frente dela não dando espaço para mais nada a não ser um abraço, forte, apertado. Ela o estava abraçando e demonstrando toda a sua saudade, mas não fazia ideia do que ele estava pensando ou da expressão no rosto dele por que ele continuava de costas. Aquelequalquer se afastou, e ele se virou. Ele e ela se olharam. Ele a abraçou de volta, apertado, e cochichou: "Nem adianta me olhar esperando nada, eu não vou mais te proteger". Ele Sorriu de lado. Ela e ele saíram do lugar, foram esperar os outros dentro do carro. Conversaram, brincaram, lembraram, ficaram tristes, mas ficaram bem. De volta em casa ele disse que estava esperando ela na casa dele na mesma hora de sempre, e ela respondeu que estava ocupada demais para ele. Todos riram, ele e ela se olharam e conversaram muito ali mesmo. O final de semana foi maravilhoso.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Meu Espaço.

Ultimamente meu cansaço tem me vencido. Não consigo mais dizer ou fazer nada que mude meus caminho, apenas espero pelo que parece ser inevitável. A verdade é que eu fiz escolhas mesmo sem querer que elas fossem feitas, mas não sei se foram certas ou se vou me arrepender. Eu fico esperando que seja o melhor, mas ao mesmo tempo me vejo em situações onde tudo que eu mais temo acontece. Eu gostaria que essa transição e busca pelo melhor fosse rápida e indolor. Não me causasse náuseas ou calafrios. Gostaria de não me apegar a cheiros, apertos e gostos. Gostaria que outros decidissem por mim, mas de qualquer forma já é tarde.
Estou cansada de manter coisas que não existem mais por me sentir satisfeita com as sobras. Eu não gosto de restos e foi esse o motivo que me fez reagir. Eu estou tentando ser inteira, ter apenas o que é inteiro. Sem espaços nos abraços, sem bocas secas, sem corações meio cheios ou meio vazios. Eu preciso dessa completude e deixar de ser leviana. Preciso!
Esse lugar eu fiz pra mim. É aqui onde eu deposito tudo que eu não suporto carregar comigo. É aqui que guardo o amor que foi demais, ou a dor que foi demais, ou a alegria que foi demais, ou o drama que foi demais. É neste lugar que eu converso com seus corações em segredo. É aqui que eu me aviso e aviso você, ou ele, ou ela, sobre o que eu sinto. É este meu esconderijo mais importante.
Eu preciso deste lugar mais do que nunca porque eu estou cansada. É aqui que eu reponho minhas energias, que eu reflito, penso, choro, sorrio e recomeço. É aqui que eu revejo como foi minha tragetória e imagino como ela será daqui pra frente.
Não posso me desfazer daqui. Esse lugar guarda meus segredos e meus anseios. Este lugar me lembra bons e maus momentos, este lugar me lembra de mim, dela, dele, você e todos mais que tem seu lugar dentro do meu coração e levaram consigo um pedaço da minha alma e um episódio da minha vida. Este lugar é importante porque me ajuda principalmente quando eu sou só suspiros, de cansaço, agonia, felicidade, amor ou finalizações.
Este lugar sou eu e eu sou este lugar enquanto assim puder ser.

terça-feira, 31 de maio de 2011

30.05.2011

Ontem foi meu aniversário. Graças a todas as redes sociais que existem, todos que eu conheço, ou não, souberam, e vieram com todas aquelas frases manjadas, sorrisos amarelos e abraços esbarrados, desejando coisas boas, felicidades e me mandando ter juízo, como se eu tivesse largado a faculdade, com três filhos pra criar, um na barriga e atrás de um marido gordo e desempregado que só sabe beber cerveja e assistir TV [exagerada]. A questão é que este foi cair justo em uma segunda. Atualmente eu tenho que acordar as 7h da manhã as segundas para ir para faculdade, depois para o escritório e depois volto para a faculdade. Na faculdade aula com um idioma estrangeiro e muita contabilidade e no escritório tudo que eu deixei para terminar na outra semana, porque sexta-feira, sabe como é né, a preguiça e vontade de viver intensamente matam qualquer tarefa obrigatória. 8)
Além de todos os problemas rotineiros e toda a minha atitude atrapalhada e desconcertada diante de pessoas que só pareciam me querer bem, me senti extremamente frustrada por não conseguir fazer a única coisa que eu mais queria [e quero todo ano sempre] que é sumir. Ficar tranquila entende. Assistindo, comendo besteira, apenas com meus pensamentos e debaixo das cobertas [mesmo se estiver calor]. Adoro esse sossego e me concentrar somente em mim. de deixar chegar perto só quem eu realmente quero, e ainda assim, a pessoa realmente tem que merecer. Poxa, eu fico 364 dias esperando por um para refletir o que aconteceu de bom ou ruim e o que eu espero que aconteça nos próximos depois deste que é o marco do meu nascimento. Pois é, eu não me importo com o ano novo e faço minha reflexão TODA no dia do meu aniversário, afinal, é só nesse dia que, pelo menos para mim, a Terra finalmente completou seu ciclo em volta do Sol.
Foi divertido, bolo na empresa, bolo em casa com a família, me dei presente, ganhei presente, comi bastante, gastei o que não tinha [mesmo], dei risada, me estressei, mas nada disso se compara aquele numero estranho me ligando no meio da aula de frânces. Não atendi, mas mandei mensagem dizendo que ligava em 10 minutos. Passaram-se 20 até que eu conseguisse sair da aula. Durante esse tempo mais ligações e o botão de ocupado sempre debaixo do meu dedo. Mas a verdade é que eu queria atender logo, saber quem era, estava muito ansiosa, coisa boba né. Finalmente quando eu saí da aula o numero só dava fora de área. Ódio de todas as operados do mundo. Tudo bem, fica-pra-próxima-quem-sabe. A verdade é que não precisou ser assim. Me ligou de novo enquanto eu estava dentro do ónibus e foi o MELHOR parabéns. O mais bonito, mais sincero, mais desejado. Foi exatamente do jeito que eu esperava. Foi simples e especial e bastante conturbado também. Eu estava no ónibus com muito barulho em volta e a ligação falhava muito, isso quando não caia de vez. Ouvi exatamente o que eu queria ouvir e disse também tudo o que eu precisava e queria. Foi ótimo!
Parece que no final das contas as coisas vão ser sempre assim. Por mais que eu passe por problemas comuns, ou não, eu tenho certeza que vou ter sempre o que vai me motivar no final. A certeza que tudo vai ficar bem, e sempre vai dar certo independente da dificuldade. É muito gostosa a sensação de calma e felicidade que ficou. Me faz capaz de tudo. Tudo mesmo. É incrível como mudou minha forma de enxergar o mundo saber que a mão que eu sempre precisei me acompanha agora e vai me acompanhar sempre. Aquela mesma que vai passar por tudo mesmo que ela se machuque. A mão que nunca vai soltar a minha mesmo que o mundo esteja acabando. Aquela mesma mão que a Clarisse disse que ajudou a G.H. a seguir sempre em frente e esteve sempre do lado dela, esperando por ela.
O que eu quero dizer é que ontem foi o melhor aniversário que eu me lembro de ter tido desde que eu parei de gostar de balas mais do que de brinquedos, e comecei a gostar mais de livros do que de roupas. E por mais que eu não tenha outros como este, este para mim já é o suficiente. Eu fiquei feliz, dormi bem e acordei bem. Só isso.

"E deixava a vida fluir, esquecia-me dos teus defeitos e tu dos meus e com o tempo aprenderíamos a viver um com o outro sem nos cansarmos, sem nos magoarmos, sem sombras nem equívocos."
Se eu pudesse, levava-te agora para casa, sentavamo-nos a lareira a conversar explicava-te porque é que um dia reparei que existias e sem querer me esqueci do meu coração entre os teus dedos.
Se eu pudesse...mas não posso, porque ninguém caminha sozinho, uma ponte só se constroi se as duas margens deixarem e o rio só corre se a corrente o empurrar. E eu não sou mais que uma gota de água nesse rio parado, uma peça perdida de uma ponte desmantelada, um mapa riscado que se esqueceu de todos os caminhos, uma folha em branco que perdeu a caneta, um estandarte sem bandeira, uma voz sem som, uma mão sem a outra. Falta-me a tua voz, o teu desejo, o teu querer, o teu poder. Falta-me uma parte de mim que te dei e que agora já não podes devolver.
Um dia havemos de nos entender."


As Crônicas da Margarida

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Me [Des]Entenda

Ontem eu saí. Fui me distrair e fingir que tudo está sempre bem. Bebi para que o sorriso amarelo parecesse mais natural, conversei sobre qualquer coisa sem importância para evitar que sentimentos ou pensamentos, que estão muito bem guardados, viessem a tona. Não adiantou muito, depois da nossa 'conversa' eu não consegui deixar de pensar no que eu me tornei, no que eu fiz. Fui dormir pensando no que eu poderia ter feito para tudo ser diferente. Para que você não me odiasse. O único o problema é que percebi que não existe resposta para isso. Eu não poderia ter feito nada. Desculpa, eu não deveria tê-lo envolvido na minha vida naquela hora, pois a partir do momento que fiz isso, só existiu um rumo a ser seguido.
Não me entenda mal, sempre fui sincera no que eu dizia sentir por você. Me apaixonei intensamente e adorei isso. Amei cada instante. Te respeitei como disse que faria, porque você merecia e merece isso. Me esforcei, dentro da minha visível limitação pessoal, para ser o que você queria e precisava enquanto estive ao seu lado. Mesmo porque você era tudo isso pra mim, parecia irreal. Nunca soube como te distratar, sempre que dizia algo mais duro ou que você não gostasse, procurava uma forma de contornar a situação porque não suportava vê-lo chateado com qualquer coisa que eu dissesse ou fizesse. Me machucava sequer pensar que um dia eu te magoaria. Errei em ter prometido algo que eu não havia ainda sido capaz de aprender a fazer, e me arrependo somente disso. Mas final você me ensinou isso, portanto vou ser eternamente grata.
Dormi pensando em você, quando acordei li sua mensagem. Chorei, admito. Mas não exijo que você entenda minhas razões. Chorei porque só naquela hora eu me dei conta que tudo havia mudado. Eu havia perdido meu amigo, e sem nenhuma garantia de talvez, quem sabe, um dia tê-lo de volta. Eu perdi um namorado que era exatamente o que eu vinha esperando ter, por não ter crescido o suficiente para entender isso antes. Eu voltei a ser quem eu era antes desse namorado, mas não sei ainda se isso é bom ou ruim, e a sensação é horrível. Eu fiz algo que sempre evitei, por esse motivo me afastava tanto de todos que tentavam se aproximar de mim. Eu menti para mim mesma a ponto de acreditar nas minhas mentiras, e você confio em mim enquanto eu me iludia. E talvez eu tenha mesmo esse destino que você diz, talvez eu sofra, mas quando eu tomei minha decisão eu não estava pensando nesse talvez, apenas em promessas vazias que eu sempre acreditei. Por essas razões tão importantes e por outras que nem se encaixam, eu chorei.
Eu queria que você me compreendesse, mas eu sei que ainda é muito recente pra isso. Assim como uma amiga me disse, aquele cara que eu conheci, e que fez parte do passado dela, precisou de muito tempo para entender o que tinha acontecido. Ele precisou esquecer do ódio que se misturava com o amor que ele ainda sentia por ela. Ele precisou entender que quando se gosta assim, dessa forma que eu gosto desse outro cara que é o meu passado, se faz coisas que a lógica não permite [por isso eu dizia tanto que precisava ficar sozinha e pensar, deixar as emoções de lado]. Ele entendeu que ela poderia passar a vida ao lado dele sem ter tomado a decisão que os separou, mas isso não seria o que ele realmente queria, pois ela nunca seria dele por completo e ele nuca seriam felizes por completo. Ele entendeu que ela precisava estar livre por completo para decidir primeiro, e que infelizmente no lugar dela, ele teria feito as mesmas escolhas [assim como ele um dia fez].
Eu só quero você saiba, que se meu coração estivesse vazio e limpo de alegrias, dores, magoas, carinhos, tristezas, todos esses sentimentos inacabados, você seria mais do que suficiente para ocupá-lo, fazer dele sua casa, seu lar, seu esconderijo. Mudar tudo de lugar, fazer tudo do seu jeito. Você seria a única pessoa capaz de ser o que eu preciso, mesmo eu que eu não estivesse precisando de nada. Do meu jeito absurdo e completamente fora de entendimento eu te amei. Mas ainda não consigo controlar o que eu sinto, e que estava tentando esconder, e com o passar do tempo, e por conta de pequenos acontecimentos, o fim seria inevitável. Eu tentei não deixar marcas, e me empenhei em não te machucar, mas de nada adiantou, e agora só me resta esperar que você me perdoe um dia, quem sabe né. E quem sabe as coisas serão diferentes, para nós dois.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Tentanto Me Explicar Só Um Pouquinho

Talvez eu volte aqui com mais frequência, no meu esconderijo preferido. É que eu perdi a proteção que me mantinha estável. O que fazia dos meus dias sempre agradáveis, sempre harmoniosos. Agora eu não tenho mais quem siga meus passos e conserte tudo o que minha natureza atrapalhada passa devastando. Eu não tenho mais a certeza de que o que eu sinto é certo ou errado, porque eu não tenho mais um ponto de referencia que me mostre o que pode ou não. Eu voltei a sentir calafrios, e a ter medo de chorar. Na verdade eu voltei a sentir vontade, talvez saudade do gosto de uma lágrima, e isso não acontecia a algum tempo [a não ser que eu pensasse muito em você e no nosso fim].
A verdade é que ele me deu uma segurança que você nunca foi capaz de me dar. Ele se preocupou com detalhes. Estes bobos que hoje em dia você fica todo feliz e orgulhoso de si próprio por ter lembrado e não errado. Ele não, ele sempre soube, talvez até mais do que eu. Ele lembrava e fazia questão disso, porque para ele isso era importante, diferente de você.
Ele cuidava de mim como se eu fosse extremamente frágil, alias, ele descobriu em mim essa fragilidade que nem eu mesma conhecia. Ele me mostrou que eu sou mais assustada do que imaginava, já você sempre me fez ser forte e superar tudo, nunca me deixou ser delicada, pois não havia espaço para isso no meio de todas as outras formas que eu tinha tomado apenas para você. E quando eu era, você estranhava e simplesmente dizia não ter me conhecido daquele jeito, e que não ser tão delicada era ser muito melhor.
Eu sempre acreditei em você, no final das contas para mim vocês estava sempre certo. A verdade é que você sempre vai estar. Você me conhece, sabe que no fundo eu sou feita de cristal, apenas tem medo que eu te mostre isso e você me quebre em pedaços [mais uma vez]. Você adora a minha independência, porque mesmo tão extrema eu sempre volto pra você, e isso te faz feliz. Te faz feliz que eu possa ter tudo, ser tudo, e queira apenas ter você e ser pra você.
O seu medo de que eu conhecesse uma nova vida e nunca mais voltasse não existe mais, talvez isso seja o que vai definir nossos rumos. Depois dele você sentiu um medo [que eu não achei que realmente tivesse] de me ver ser feliz [de verdade] sem que você faça parte disso. Porque ele me fez feliz, inteiramente feliz, em cada pedacinho do nosso dia. Em cada sms de bom dia, cada bico pedindo um beijo, cada abraço apertado, cada palavra, cada gesto. Eu não sei como explicar, mas ele realmente parecia ser exatamente tudo o que eu queria e precisava. Dessa vez você realmente quase me perdeu. Pra sempre. Não um pra-sempre-de-brincadeira, mas um pra-sempre-de-verdade, daqueles que deixa saudade, mas não machuca mais. A única coisa que ele não era, é você. Mesmo ele sendo TUDO, faltou isso, e isso me fez estragar tudo de todas as formas possíveis.
Eu me transformei em tudo o que eu odiei em uma pessoa uma vez. Não com a mesma versão de história, porque a dela, dessa pessoa, teve lados que eu ainda considero piores [desculpa falar isso tá], mas ainda assim eu fui tão rude quanto pude. De um jeito, que leva tempo e paciência para entender, basicamente tem que viver. Eu fui sincera e mentirosa. Eu fiz o certo e o errado. Eu vivi dois lados distintos em cada momento da minha vida. E eu nunca deveria ter feito isso. Eu realmente espero poder fazer alguma coisa quanto a isso um dia, mas infelizmente isso vai demorar, eu sei. Só não sei o quanto, e isso me deixa angustiada.
Agora que eu voltei a tremer, vou voltar também a criar expectativas e me decepcionar, como eu fazia com você antes. Mas pelo menos dessa vez eu posso dizer que conheci o que é ser feliz de uma forma simples e pura, ter alguém que se importa de verdade, ter onde me espelhar e parar de empurrar com a barriga esperando algo melhor. Eu já conheci algo melhor e perdi [escolha minha admito], e agora quero o melhor que eu tanto esperei e sofri para ter, mas dessa vez se ele não acontecer, eu não vou mais insistir, e eu sei que você também não, e eu vou simplesmente recolher meus cacos e seguir em frente [essa é aquela ultima tentativa da qual a gente sempre fala], e talvez encontrar algo melhor ainda que o melhor que eu tive, quem sabe até ter o meu melhor de volta, não sei, só sei que dessa vez eu vou fazer tudo certo, sempre. Prometo!